DESCULPEM, MAS NÃO TEREMOS A FIM DO MUNDO EM 21-12-2012

UPDATE do 17/12/2012.: Este artigo está recebendo mais de 1000 visitas por dia. Queria dizer, para aqueles que acreditam na idiotice do fim do mundo que podem aproveitar para NÃO GASTAR DINHEIRO COM OS PRESENTES DE NATAL, e quem viaja para aéreo compre o bilhete só de ida sem gastar para a volta……

Repeito quanto escrevi em um meu comentário: Como disse Einstein: “Duas coisas são infinitas: O universo e a estupidez humana, embora para o primeiro eu tenho algumas dúvidas!”

Quero confirmar entanto que NÃO TEREMOS NENHUMA TEMPESTADE SOLAR DIA 21 de dezembro e isso porquê no momento não temos áreas magnéticas ativas no sol  e nem é prevista uma tempestade solar nos próximos dias.

Ok, aqui vamos nós de novo. É claro, a falta do “fim do mundo” em 2003, devido à abordagem perto da Terra do Planeta X não foi suficiente como prova da inconsistência de certas fantasias (se alguém se lembra deles?). Pelo contrário, nos últimos anos, está se espalhando novamente no mundo, uma mitologia sobre o “fim do mundo em 2012,” absolutamente improcedente pelo ponto de vista científico, mas pode alimentar um certo mal-estar entre os que não têm as ferramentas culturais para se defender. A “histeria” de 2012 é alimentada continuamente pela proliferação de milhares de sites, vídeos, livros e programas de televisão que falam, mais ou menos no erro, do argumento. Alguns, contando com a credulidade popular, estão também financeiramente especulando sobre a “psicose de 2012.” Esta página pretende ser um pequeno contributo contra o que ameaça tornar-se uma verdadeira loucura coletiva.

UM MAR DE FANTASIA: os Maya e o alinhamento GALACTICO  PLANETÁRIO

A fatídica data é 21 de dezembro de 2012. Neste dia, segundo a mitologia mais difundida devido ao fim do 13 º baktun Maya (com duração de 144.000 dias), a Terra terá  eventos destrutivos. Em particular, de acordo com este mito (e suas variantes), a Terra estará alinhada com o Sol e o centro da Via Láctea, os planetas do sistema solar serão alinhados na mesma linha e a atividade solar atinge seu máximo. Todos estes eventos simultâneos são indicados como responsáveis ​​pela destruição do nosso planeta e mais imaginativos também adicionam uma paragem impossível da rotação da Terra durante 72 horas (o que acabaria com a imensa energia cinética da Terra?), Uma reversão improvável de campo magnético ( na realidade, são os fenômenos físicos que requerem milhares de anos para vir) e uma mudança súbita do eixo de rotação (no mundo real, o período de precessão é cerca de 26.000 anos)! Não pagar a má impressão de 2003, alguns até espanou Nibiru , também conhecido como o Planeta X misterioso (que não vai voltar) e afirmam ter visto e fotografado perto do Sol! Em suma, o 2012 tornou-se uma espécie de “atrator” de todas as mitologias catastróficas que se acumularam gradualmente ao longo dos anos. Na verdade, em 2012 não haverá nada parecido com isso, é puro trabalho de ficção. Vamos ver por que, incidindo sobre a mitologia mais tipicamente  astronômica.

Os Maias

O povo Maya iniciou o desenvolvimento de sua civilização por volta de 500 aC, nas terras da Guatemala e da península de Yucatán, e atingiu seu pico em 900 dC, com centenas de cidades habitadas. As razões para o rápido fim da civilização maia não são claras, foi provavelmente devido a uma seca prolongada. Quando os conquistadores espanhóis chegaram, como Cortés, a civilização maia desapareceu e manteve-se as cidades monumentais enterrados na selva. Os maias chegaram a um alto grau de cultura artística, evidenciada pela riqueza das decorações dos monumentos que chegaram até nós. Infelizmente, a maioria dos documentos escritos deste povo foram perdidas por causa da destruição causada pelos conquistadores espanhóis. O calendário maia, desenvolvido para fins agrícolas e cerimoniais, tem principalmente intervalos múltiplos de 20. Por exemplo, um intervalo de 7200 dias (360×20), foi conhecido como katun , enquanto 20 katuns formar um baktun (7200×20 = 144000 dia), então 20 é um baktun pictun . Apesar de este calendário complexo, e ao contrário do que você leu, os maias tinham conhecimento rudimentais da astronomia. Verdade que estavam familiarizados com o ciclo das fases lunares e os Saros (período de 18,03 anos, após o que os eclipses se repetem da mesma forma) e movimentos geocêntricas de Vênus (que tinha medido o período sinódico de 583,92 dias) mas faltou modernos instrumentos astronômicos (como o telescópio) e não tinha idéia da estrutura do universo como o conhecemos hoje. Por exemplo, eles não sabiam o que eram, do ponto de vista físico, o Sol e os planetas, as estrelas não sabiam o que eram, não sabiam o que é a Via Láctea, e não sabiam da existência de outras galáxias. Claramente, um calendário de uma população primitiva, repita para a agricultura e cerimonial, não pode ser usado como uma bola de cristal para adivinhar o futuro. Os maias não poderiam prever qualquer coisa que não foi o dia de um eclipse ou do alongamento máximo de Vênus (manhã ou noite). De tudo isto se segue, a partir do ponto de vista científico a “profecia” do Maya não existe. Na verdade, as profecias referentes a 2012 foram ligados à extremidade do baktun 13 maia em anos mais recentes, a partir de 1975.

O alinhamento com o núcleo galáctico

O Sol não se move no espaço isolado, mas parte de um sistema grande estrela em forma de disco (a Via Láctea ou se você preferir), um núcleo central e braços espirais que irradiam do núcleo para fora. O diâmetro da galáxia é de 100.000 anos-luz, enquanto a massa é de 200 bilhões de massas solares. O Sol está em uma órbita circular em torno do centro da galáxia com um raio orbital de 30.000 anos-luz (cerca de 2 bilhões de vezes a distância Terra-Sol) e leva cerca de 220 ​​milhões de anos para completar uma revolução completa (período conhecido como ano cósmico). Para uma representação da galáxia espiral pode ser visto na Figura 1. O núcleo do Galaxia é formada por milhões de estrelas arranjadas em uma região com um diâmetro de mais ou menos mil anos luz  (por isso, não é uma estrutura de pontos ou de limites bem definidos). No centro, as observações centrais galácticas indicam a presença de um pequeno buraco negro (indicado pela posição da fonte de rádio Sgr A *), com uma massa de cerca de 3 milhões de vezes a massa  do Sol. O alinhamento com a Terra e Sol e o núcleo da Via Láctea não é um evento raro. Na verdade, a terra é aproximadamente na linha de centro-Sol galáctico 2 vezes por ano. A primeira vez que você encontrar em 21 de junho (solstício de verão), quando o Sol está projetada na constelação de Gemeos (ea Terra está entre o Sol eo centro galáctico), enquanto o segundo è em 21 de dezembro de cada ano, quando o Sole é projetado na constelação de Sagitário (desta vez é que o Sol está entre a Terra eo centro galáctico). Como todos sabem, a partir do ponto de vista astronômico nessas duas datas não acontece nada de especial (ver Figura 2). Mesmo imaginando um geométrico perfeito alinhamento galáctico, buraco negro-sol-terra, nada aconteceria, porque a força gravitacional do Sol sobre a Terra é muito mais intensa do que a exercida de longe do centro galáctico. Isso é demonstrado com alguns cálculos e não pode ser objeto de discussão sendo uma realidade objetiva. Na verdade, acho que toda a massa da Via Láctea (equivalente a cerca de 200 bilhões de estrelas como o Sol), é encontrada concentrada no núcleo galáctico (não é verdade, mas eu quero me colocar o mais desfavorável possível). Com a lei da gravidade na mão (tentar para fazer o cálculo si mesmo), a razão entre a aceleração gravitacional, devido ao sol, e que, devido ao núcleo galáctico (em terra) é de 18 milhões de vezes. Esta disparidade é devido ao facto de que a força da gravidade diminui na proporção inversa do quadrado da distância. Então o Sol exerce uma força na Terra que tem um nível de pelo menos 18 milhões de vezes que exercidas pelo núcleo galáctico (na verdade é maior porque temos superestimada a massa do núcleo). Para nós na Tera, do ponto de vista da gravidade, o núcleo galáctico é nada.

Figura 1 – Reconstrução da forma da Via Láctea (ou galáxia), uma galáxia espiral típica com o tachado núcleo, com indicação da posição do Sol, cerca de 30.000 anos-luz do núcleo central da galáxia. É também referida a grade de coordenadas galácticas, centradas no Sol ( NASA Spitzer Telescope ).

Figura 2 – Mapas Sky em coordenadas galácticas (J2000.0) mostrando a posição do Sol em 21 de junho e 21 de dezembro de 2012 (círculo vermelho). A banda esbranquiçada é a intersecção com a Via Láctea esfera celeste da Galáxia. Como em anos anteriores, estes dias da Terra estará alinhada com o Sol eo núcleo da Via Láctea. O núcleo da galáxia é mostrado na constelação de Sagitário (Sagitário em latim). As imagens foram desenhadas com Carte du Ciel 3,0 .

Alinhamentos planetários

Nós viemos para o alinhamento dos planetas indescritível. Na verdade, este evento não ocorre, de fato (ver Figura 3), os planetas no 21 de dezembro de 2012 não serão  todos alinhados na mesma linha reta. Na imagem que representa o interior do sistema solar (de Mercúrio a Marte), vemos a partir da Terra, Mercúrio e Vênus será visível (a olho nu), nas primeiras horas da manhã, enquanto Marte será visível logo após o pôr do sol do sol Estes planetas não estão alinhados. Nós vemos o sistema solar, os planetas de Júpiter a Netuno. Mesmo neste caso, vê-se que os 4 gigantes de gás não estão na mesma linha recta, mas são posições dispersas. Da Terra, Júpiter e Urano estarão visíveis à noite (Urano só com o telescópio), e Saturno será visível na parte da manhã (a olho nu). Finalmente, Netuno não será observável porque um ângulo muito perto do sol, mesmo se todos os planetas estavam perfeitamente alinhados em uma linha reta, a Terra não iria sofrer as consequências, porque a força gravitacional do Sol sobre a Terra é muito mais forte do que todas as forças da gravidade os outros planetas juntos. Novamente, essa é uma realidade objetiva que pode ser demonstrada matematicamente. Usando a lei da gravidade de Newton você pode construir a Tabela 1, na última coluna, mostra a força da gravidade na Terra do Sol e os planetas em termos de alinhamento geométrico, (a distância mínima da Terra).

	r (AU)	r * r	M (Terra = 1)	M / r * r (gravidade)
Sol	1,0	1,00	333420	333420
Mercúrio	0,6	0,36	0,05	0,14
Vênus	0,3	0,09	0,81	9
Marte	0,5	0,25	0,11	0,44
Júpiter	4,2	17,64	318	18,02
Saturno	8,5	72,25	95	1,31
Urano	18,2	331,24	14,6	0,04
Netuno	29,1	846,81	17,2	0,02

Tabela 1 – Força da gravidade exercida pelos planetas sobre a Terra em condições de alinhamento geométrico à distância mínima.
Como pode ser visto a partir da Tabela 1, o planeta que exerce força gravitacional da terra  maior é do Júpiter  todos os outros são inferiores. No entanto, também a força gravitacional de Júpiter é 18.500 vezes menor que a do Sol Isso demonstra o que disse antes, também em caso de efeitos de alinhamento planetário perfeito gravitacionais da Terra devido aos planetas são insignificantes em comparação com a do sol também os efeitos planetária corrente (causas de sismos possíveis) são negligenciáveis, porque deterioração com o cubo da distância ao invés de com o quadrado como acontece por forças. Por outro lado, se fizer o mesmo cálculo na Tabela 1, utilizando a Lua, verifica-se que a força da gravidade sobre a Terra é 1885 nas mesmas unidades, um valor de 100 vezes maior do que a de Júpiter. É claro que as catástrofes não acontecerão na Terra sempre que a lua nasce e se põe em nossos horizontes!

Figura 3 – A posição dos oito planetas do Sistema Solar a 21 de Dezembro de 2012. O Sol é a estrela mais brilhante no centro. Para maior clareza, a imagem de cima mostra o interior do sistema solar (de Mercúrio a Marte), enquanto a parte inferior mostra o exterior (por Júpiter e Netuno). A posição dos planetas é indicada pelos nomes. Como você pode ver o alinhamento planetário não existe. As imagens foram desenhadas com Celestia .

O ciclo de atividade solar

E agora chegamos ao complexo problema da atividade solar. Em 1843, o astrônomo alemão Heinrich Schwabe (1.789-1.875), analisando suas observações das manchas solares feitas 1826-1843, ele descobriu que o seu número variava de acordo com um ciclo com um período de cerca de 10 anos. Na realidade, o comprimento médio atual é 11,04 anos, mas os ciclos solares não são estritamente periódicos e seu comprimento varia entre 8 e 15 anos. Geralmente, a subida a partir do mínimo para o máximo é menor do que a descida ulterior do máximo para o mínimo, então o máximo de atividade não é exatamente a meio caminho entre dois mínimos. A subida para o máximo e a intensidade máxima do ciclo não são correlados: para reduzir o tempo de subida aumenta o pico do número de manchas solares. A duração de um mínimo de cerca de 2 anos, enquanto que a subida pode oscilar entre 3 e 9 anos. Por convenção, os ciclos solares são contados a partir do mínimo e o fim com o mínimo seguinte. O número é um ciclo que começou em fevereiro de 1755. O presente ciclo solar, é o número 24 e está a ser lentamente crescente.

O ciclo de atividade solar não é esperado devido à extrema complexidade do seu comportamento e à falta de um modelo realista do ciclo solar magnético. Ao longo do tempo, vários métodos têm sido desenvolvidos para tentar prever o desempenho do ciclo de atividade solar, mas todos tiveram um sucesso limitado.Um dos mais interessantes é o um dos precursores. Isto envolve a análise de eventos tempo físico observável (solar ou geomagnético), mas correlacionada com a intensidade de ciclo solar futuro. Por exemplo, a alteração do número de Faculae polar (latitude com ± 40 ° a ± 80 °) prevê que, aproximadamente, 6 anos de manchas solares, com uma pequena diferença de tempo entre um e outro hemisfério do Sol A menor correlação ocorre entre o número de Faculae polar e as manchas, enquanto nos últimos quatro ciclos solares Faculae ficou três vezes muitos pontos. Em qualquer caso, a correlação Faculae polares manchas é um exemplo de um método baseado em precursores capazes de dar informação sobre o próximo ciclo de actividade. Resumidamente refazer os últimos ciclos e ver o que você poderia esperar para o recém-iniciado

Em setembro de 1986, começou o ciclo solar número 22, que atingiria o pico em julho de 1989. O início do ciclo seguinte 23 realizada em Maio de 1996. Após o máximo de ciclo 23 ocorreu em abril de 2000, houve uma longa descida para o mínimo, alcançado em Dezembro de 2008. A corrente de fase é o começo do ciclo de número 24, mas a subida até o máximo é muito lenta. Em 2008, a atividade solar foi muito baixa, com 266 dias sem manchas em 366 dias (73%). Para encontrar uma necessidade semelhante de voltar para trás para ano de 1913, com 311 dias, sem manchas (85%). O 2009, não fui muito melhor.
Segundo pesquisadores Center da NASA Vôo Espacial Marshall , há um forte aumento na atividade solar, em 2011, enquanto o ciclo de máxima deve cair em abril-maio ​​de 2013, cerca de quatro anos depois do mínimo (ver Figura 4). A essência do que é que, em dezembro de 2012, a Sol não será na fase de máxima e, provavelmente, nas próximas décadas, a atividade solar poderá ser  muito modesta quando comparado com o das últimas décadas.

Figura 4 – . A evolução do número de manchas solares para o último ciclo ea previsão para o próximo ( NASA Marshall Space Flight Center ) .

Como (eu espero)  você vai entender, o 21 de dezembro de 2012 não vai acontecer nada de especial do ponto de vista astronômico e lendas em torno da web iráo desligar-se como eles nasceram. Como mencionado acima, a situação é remanescente de 2003, quando as lendas habituais incluiu um sobrevoo da Terra com um  mítico planeta X que iria causar perturbações enormes.

Fico esperando a próxima lenda sobre o fim do mundo…  porque também a lenda do fim do mundo causado pelo aquecimento global causado pelo homem com derretimentos das geleiras, da Antártida e todas as cidades costeiras em baixo da água,  deserto na Amazona e ursos polares afogando-se   etc etc não se sustenta mais.

SAND-RIO