A onda de frio do julho 1955 no Brasil e America do Sul

Em julho 1955 tinha início a que talvez seja , a mais espetacular onda de frio já registrada oficialmente no Brasil. Inclusive, pode-se afirmar isto, comparando os dados colhidos durante aquela onda polar com outros episódios de frio intenso ocorridos no país no período 1912 – 2009, para o qual há dados meteorológicos suficientes.

A onda polar que atingiu o Brasil no final do mês de julho de 1955 foi marcante em pelo menos 5 aspectos, os quais fazem daquela uma onda de frio histórica.

O primeiro deles diz respeito à área de nosso território afetada pela massa polar. A análise dos dados meteorológicos disponíveis sobre o evento mostra que a onda de frio literalmente derrubou as temperaturas em mais de 60% do território nacional, ou seja, MAIS DE 5 MILHÕES DE QUILÔMETROS QUADRADOS FORAM AFETADOS POR ELA. E mais: embora não tenha sido possível obter as cartas sinóticas da ocasião, os dados indicam que a frente fria ULTRAPASSOU A LINHA DO EQUADOR.
Logo se percebe que poucas vezes houve outras ondas de frio tão abrangentes espacialmente no Brasil, como esta de 1955 e que talvez somente a onda polar de julho de 1975 a tenha superado.

O segundo aspecto, a extensão territorial afetada pelas geadas, também mostra quão excepcional foi a onda de frio. Estima-se que o fenômeno tenha ocorrido em até 90% da área total da Região Sul; chegou a gear na maior parte do litoral gaúcho – para não dizer todo – e também em boa parte do litoral catarinense e em algumas regiões do litoral paranaense.

Quanto ao terceiro aspecto, o que se refere à extensão, intensidade e duração das nevadas, pode-se dizer que este foi bem anormal, ou pelo menos, bastante raro. Nevou nos três estados sulinos em grande quantidade, acumulando no solo até 70 cm de neve na serra catarinense, segundo alguns dados indicam. Além disso, no alto da Serra Gaúcha, o fenômeno ocorreu durante 4 dias consecutivos, sendo a nevada mais duradoura já registrada na região até hoje.

E por fim, a extensão também foi maior que a habitual, tendo sido registrado o fenômeno em áreas de baixa altitude do Rio Grande do Sul e numa expressiva parte do Paraná.

Já o quarto aspecto – a questão das TEMPERATURAS MÁXIMAS – foi singular nesta onda de frio. Foram registradas máximas muito baixas em toda a Região Sul e parte do Sudeste; principalmente no auge do evento. Pode-se citar como exemplo o caso de São Joaquim (SC), que registrou MÁXIMAS ABAIXO DE 0ºC durante 3 dias seguidos.

O quinto e último aspecto refere-se às TEMPERATURAS MÍNIMAS, que também foram excepcionalmente baixas no dia mais frio. Inclusive, a onda de 55 cravou o recorde histórico de frio do Rio Grande do Sul e o da cidade de São Paulo, além de ter feito tiritar centenas de cidades brasileiras.

E além destes 5 aspectos, há ainda um fato muito relevante: quando se analisa o fator ABRANGÊNCIA ESPACIAL, em conjunto com o fator INTENSIDADE DA QUEDA DE TEMPERATURA, nota-se que NENHUMA OUTRA ONDA DE FRIO NOS REGISTROS CONSEGUIU DERRUBAR COM TANTA FORÇA A TEMPERATURA NUMA ÁREA TÃO GRANDE, AO MESMO TEMPO. Por exemplo: Em J0ulho de 1918, registrou-se a onda de frio mais intensa do século XX no Sul do Brasil, mas na mesma ocasião o Centro-Oeste não sofreu temperaturas tão baixas; em Cuiabá a mínima foi de 9,9ºC.Em outra onda, no mês de junho de 1925, as temperaturas caíram muito no Sudeste, Centro – Oeste e na maior parte da Região Sul, porém a mínima absoluta no Rio Grande do Sul e no litoral catarinense não foi tão baixa.

Da mesma forma, em julho de 1933, apesar do frio ter sido intenso, as mínimas foram relativamente altas em todo o litoral do Sul e em parte do Sudeste.

Já no caso da onda polar de 55 , a história foi outra: foram registradas temperaturas excepcionalmnte baixas em todo o Centro – Sul e parte da Amazônia, de maneira simultânea; até mesmo na faixa litorânea do Sul e do Sudeste.

E após uma comparação cuidadosa com os registros de outras grandes ondas polares que também marcaram época no país, pode-se afirmar com segurança que AO SE CONSIDERAR O TERRITÓRIO BRASILEIRO COMO UM TODO, A ONDA POLAR DE 1955 FOI A MAIS FORTE E POR ISSO A MAIS IMPORTANTE JÁ REGISTRADA OFICIALMENTE NO BRASIL.
Tais fatos demonstram a razão pela qual a onda de frio de 1955 merece o título de super.

Todos os dados de temperatura divulgados abaixo são do INMET.

Terça – feira , 26 de julho de 1955:

No sul do Chile e sudoeste da Argentina configura-se uma invasão polar de trajetória continental, ao mesmo tempo que grande parte do Brasil encontra-se sob um forte veranico.

Quarta – feira , 27 de julho de 1955:

A massa de ar polar de grande intensidade que estava no sul do continente avança para o norte e chega ao Rio Grande do Sul.Durante o dia a temperatura despenca no estado e os registros do INMET revelam que NEVA a partir da tarde em Bom Jesus.Enquanto isso, o estado de São Paulo vive o começo da situação pré-frontal, com bastante vento.

Quinta – feira , 28 de julho de 1955:

A massa polar, apesar da grande intensidade, enfrenta muita resistência e por isso avança lentamente pelo Brasil. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina faz muito frio, além de nevar. Em Bom Jesus (RS), neva forte durante a tarde e a noite.
No Paraná, a temperatura só cai mesmo a partir do meio da tarde e no estado de São Paulo a pré-frontal continua com força. No interior, a massa polar avança em direção à Amazônia.
Na Argentina, a massa de ar irrompe com força total para o Brasil.

Sexta – feira , 29 de julho de 1955:

O bloqueio perde força, mas o ar polar ainda avança devagar através do Brasil. No Centro-Oeste, a onda de frio chega a Cuiabá e tem início uma forte friagem. Em São Paulo, o tempo muda à tarde com a chegada da frente fria e as temperaturas despencam.
Neva muito nas Serras Gaúcha e Catarinense. Em Bom Jesus (RS), consta nos registros intensa queda de neve durante as 24 horas do dia.
Em São Joaquim (SC), além da nevasca, a temperatura máxima foi negativa, tendo ficado na casa dos -1ºC.
Em Joaçaba, no interior catarinense, nevou a tal ponto que houve interrupção no tráfego de algumas ruas; a precipitação também durou o dia inteiro.
E até o fim do dia, a neve chegaria ao Paraná.
Na cidade de Porto Alegre (RS), a máxima foi de apenas 8,5ºC , uma das menores registradas até hoje.

Sábado, 30 de julho de 1955:

A onda de frio atua com fortíssima intensidade no Sul, em parte do Sudeste, na maior parte do Centro-Oeste e ainda em parte da Amazônia.
O dia amanhece gelado desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas.
Em Cuiabá a mínima chega a 4,3ºC e na cidade de Lages (SC), à casa dos -5ºC.
Neste dia, ainda neva nas Serras Gaúcha e Catarinense – já com menor intensidade – e intensamente numa vasta região do Paraná.Neste último estado, a cidade de Palmas recebeu de 30 a 50 cm de neve , quantidade esta pouco freqüente.
Neva também nas cidades paranaenses de Clevelândia , Francisco Beltrão, Santo Antônio, União da Vitória, Inácio Martins, Guarapuava, Cascavel e Pato Branco – além de outras – sendo que na última o fenômeno ocorreu com forte intensidade.
Também em Curitiba parece ter ocorrido o fenômeno. Jornais locais da época afirmam que caíram flocos de neve nos bairros do Bacacheri, Boqueirão e na região do Afonso Pena. Tal fato é perfeitamente plausível, já que segundo os mesmos jornais, a temperatura variou entre -2ºC e 3ºC na cidade naquele dia.
Também foi divulgado pela imprensa – inclusive em jornais de grande circulação – a queda de neve em Porto Alegre (RS). Todavia, tal ocorrência não é confirmada pelo INMET.
Outro fato digno de nota refere-se à máxima mais baixa registrada em São Joaquim (SC): apenas -2,0ºC. Só em 2 outras ocasiões oficialmente registradas houve máxima tão baixa – em julho de 2000, com -2,0ºC e em julho de 1993, com -2,4ºC.
Ao mesmo tempo que tudo isso ocorre no Sul, a massa polar avança mais e chega a Manaus (AM). Ao longo do dia o tempo abre em toda a Região Sul.

Domingo, 31 de julho de 1955:

A onda de frio atua no auge de sua força em todo o Centro-Sul e numa boa parte da Amazônia.
Na Região Sul, o céu limpo na madrugada favorece a queda da temperatura e a formação de fortes geadas. A FRIAGEM também atua com força total na Amazônia. Veja algumas mínimas registradas no Brasil naquele dia:

Guarapuava (PR): -8,4ºC.
São Joaquim (SC): -8,1ºC.
Ivaí (PR): -6,0ºC.
Curitiba (PR): -5,0C.
Aquidauana (MS): -0,9ºC.
Paranaguá (PR): 2,3ºC.
Laguna (SC): 2,4ºC.
Florianópolis (SC): 4,0ºC.
Cruzeiro do Sul (AC): 10,2C.
Manaus (AM): 18,5C.

Naquela manhã , as geadas devastaram as lavouras do Paraná.
Em São Paulo , geou apenas na cidade de Catanduvas, que registrou mínima de -1ºC. No leste do estado , o céu ficou limpo a partir da tarde e as temperaturas despencaram a noite.
No Amazonas, a onda polar ultrapassou a linha do Equador.
A temperatura máxima em São Joaquim(SC) foi apenas -1,2C.

Segunda, 01 de agosto de 1955 :

Durante a madrugada , o frio atingiu seu auge e o amanhecer foi frígido no Centro – Sul. Eis algumas mínimas:

Bom Jesus (RS): -9,8C. Recorde de frio histórico do estado.
Alegrete(RS): -3,0C.
Bagé(RS): -2,0C.
Iraí(RS): -4,3C.
Passo Fundo(RS): -2,5C.
Pelotas(RS): -3,4C.
Porto Alegre(RS): -1,2C.
São Luiz Gonzaga(RS): -1,2C.
Santa Maria(RS): -2,0C.
São Joaquim(SC): -6,4C.
Urussanga(SC): -4,6C.
Camboriú(SC): -1,2C.
Castro(PR): -7,5C.
Rio Negro(PR): -7,2C.
Ivaí(PR): -6,1C.
Jaguariaíva(PR): -2,7C.
Paranaguá(PR): 3,8C.
Avaré(SP): 0,3C.
São Paulo(Sp): 1,5C no Mirante de Santana e 0,7C no horto florestal.
Cuiabá(MT): 9,0C.
Alto Tapajós(PA): 11,1C.
Uaupés(AM): 18,1C.
Manaus(AM): 19,0C.
Iauaretê(AM): 16,5C. Obs: Iauaretê está localizada em 00 º18′ S.
Cruzeiro do Sul (AC): 9,6C.
Aquidauana(MS): -2,2C.
Corumbá(MS): 3,3C.

Como se pode ver , a onda polar alcançou a linha do Equador.

As geadas foram muito intensas em toda a Região Sul e atingiram também boa parte de São Paulo.
Houve geadas nas cidades paulistas de Catanduvas, Limeira , Avaré, Itú, Monte Alegre do Sul , Tatuí e Presidente Prudente. Nesta última a mínima ficou na casa dos -1ºC.
Neste dia , a onda de frio começou a enfraquecer , mas ainda manteve as temperaturas baixas / amenas ao longo do dia.

Terça – feira , 02 de agosto de 1955:
A onda de frio perde força rapidamente, mas o dia foi marcado por frio intenso pela manhã , principalmente em São Paulo.Mínimas:

Camboriú(SC): -1,2C.
São Paulo(SP): -2,1C.
Santos(SP): 4,3C.
Iguape(SP): 3,2C.
Angra dos Reis(RJ): 9,9C.
Itajubá(MG): 1,2C.
Barcelos(AM): 18,3C.

No dia 03 ainda foram registradas mínimas negativas no Sul do país , mas no dia 04 o ar frio já se dissipava totalmente.
Mesmo assim, Teresópolis registrou 1,2C apenas.
Foi o fim da super onda polar do inverno de 1955.

SAND-RIO

20 Comments

  1. gleice kellyn
    Posted 16 abril 2011 at 3:05 PM | Permalink

    nooossa,ainda bem que eu ainda não tinha nascido,do jeito que sou hipotérmica…..

  2. Sergio Klein
    Posted 27 junho 2011 at 5:01 PM | Permalink

    Eu havia lido, num Dicionário de Curiosidades, que a onda de frio de 1918 foi a que estabeleceu um recorde de -18 graus em São Joaquim, e que esta frente iniciou na patagônia, com -45 graus, e chegou até o sul do Maranhão, com 0,8 graus.
    Conversei com uma senhora que morava em São José dos Ausentes ( RS ), que é vizinha do município de São Joaquim, e que naquela onda de frio, podia-se jogar pela janela uma bacia cheia de água da lavação da louça, que a água chegava congelada ao chão.
    Estive nesta cidade em julho de 1976, quando conheci esta senhora então já bastante idosa, e nesta ocasião eu pessoalmente peguei uma onda de frio em que medimos a temperatura ( não oficial, portanto ) que foi de -11 graus, e segundo alguns, em São Joaquim havia dado -13 graus.

  3. Posted 30 junho 2011 at 11:12 AM | Permalink

    Fantástico texto. Aliás, me irrita bastante que as pessoas considerem as fracas massas de ar polar do século XXI como “coisas nunca vistas”, “frio incrível para os trópicos”, “prova que o tempo está louco”, quando a realidade é que no passado fazia muito mais frio do que hoje.

    Eu me interessava muito por meteorologia na adolescência e acompanhava as frentes frias na segunda metade dos anos 1970 e começo dos anos 80, talvez marcado pela “monstro” de 1975, quando tinha 11 anos.

    O fato é que podemos afirmar que, hoje, o inverno paulistano – cidade serrana a 900 metros de altura – tem as temperaturas que no final dos anos 1980 ocorriam em Santos, cidade quente ao nível do mar. Durante anos a fio, o final de maio marcava, em Santos, mínimas absolutas do ano de 6ºC ao amanhecer. Nas mesmas ocasiões, São Paulo marcava c. de 2ºC. Hoje ambas as marcas são raras, sendo atingidas pela última frente de 27 de junho.

    Lembro-me que, no final dos anos 1970, comentava-se muito em Santos sobre essa marca de 4,3ºC de 1955. Nem em 1975 a temperatura caiu tanto na cidade (chegou a c. de 5ºC). Fantástico poder ler aqui a trajetória dessa super frente fria! Parabéns!

  4. Raphael
    Posted 15 novembro 2011 at 6:00 PM | Permalink

    ‘E verdade que nevou em Sao Paulo em 1918? Alguem sabe?

  5. Posted 15 novembro 2011 at 8:34 PM | Permalink

    Em Aquidauana,mato grosso do SUL,-2,2 em 1/8/1955, e na capital Campo Grande fica a 135km de aquidauana,é possivel que nesta data fez bastante frio também, já que Campo Grande é no planalto a 560 metros de altitude e aquidauana na planicie do pantanal a 120m de altitude,como a temperatura costuma cair 0,6 décimos a cada 100 a mais de altitude,então mesmo não tendo o dado deste dia em Campo Grande é um fator que indica que houve muito frio aqui em Campo Grande onde moro.

  6. Posted 15 novembro 2011 at 8:40 PM | Permalink

    em 18 de julho de 1975 na capital de mato grosso do Sul,o inmet registrou minima de -3,4 com congelamento de águas,alguns lembram dizem ter visto floco de neve pelo esta do de MS,nesta epóca inclusive na capital Campo Grande,neste periodo Ponta Porã e Bela vista no sul de Mato grosso do Sul chegou a 6 negativos e alguns disseram ter visto floco de neve cair.pena que na epóca não se tinha câmeras como hoje até os celulares possuem.

  7. antonioi
    Posted 1 maio 2013 at 6:48 PM | Permalink

    um morador, de Itaporã,Mato Grosso do SUL, que é militar aposentado me disse ter visto cair neve no ano de 1966 nesta cidade de iTaporã, que fica a 230km ao sul da capital campo Grande.

  8. Posted 7 maio 2013 at 9:45 PM | Permalink

    eu sube de uma historia diferente que sao paulo deu nessa epoca -14 centigrados vaiu saber se e real e aqui na minha cidade os antigos contam qui deu neve ate nas baixadas a 80 metros de altura ao nivel do mar se isso e real imagine entao nas altitudes qui ultrapassam os mil metros em minha cidade?bom posso dizer com certeza pois todo ano da geadas aqui e as vezes (nem todo ano)neva aqui vejam voces mesmos numas fotos dessas e comprovem a neve em uma das tres geadas aonde a arvore esta coberta de gelo http://www.riodoscedros.sc.gov.br/conteudo/?item=16078&fa=8180

  9. Wilson Moraes
    Posted 12 maio 2013 at 3:58 AM | Permalink

    Na cidade de São Paulo, a temperatura mínima registrada foi de -3,9 C em uma madrugada de 1955.

  10. zeniria schwedler
    Posted 23 julho 2013 at 5:35 PM | Permalink

    gostaria de saber se o que ocorreu na madrugada de 23.07.2013, foi neve ou chuva que caia congelada. Qual a diferença destes fenômenos. Obrigada, Zeniria

    • Posted 24 julho 2013 at 1:34 PM | Permalink

      Oi zeniria, a coisa é bem simple: falamos de estratos atmosfericos e quando a neve que está caindo (4mil-5mil metros de altitude) encontra um estrato atmosférico mais quente a neve se transforma em uma pequena gotinha de água que se caindo encontra um outro estrato atmosferico mais frio (-1-4°C.) a gotinha congela em uma pequena bolinha de gelo que cai na terra. Assim se forma a chuva congelada que é diferente do granizo que é bem mais grande.

  11. Posted 2 maio 2014 at 7:50 PM | Permalink

    Infelismente,não se tem dado sobre uma possivel temperatura negativa,na cidade de Campo Grande/MS, mais precisamente no ano de 1918,a capital era a antiga Cuiabá,à 700km ao norte de Campo Grande atual capital de MS,só em cuiabá tinha estação do inmet e lá que costuma fazer até 5 graus menos frio que aqui em Campo Grande,lá em cuiabá chegou à +1,2 no dia 18/7/1918, possivelmente aqui em Campo Grande,no minimo tivemos -3 ou – 4 abaixo de zero,nas imediações desta data 18/7/1918.

    • James Holland
      Posted 5 janeiro 2019 at 2:06 PM | Permalink

      meus avós moravam em Julho de 1918, portanto, nessa época, perto de Cuiabá-MT, numa cidade chamada Nobres-MT e que na madrugada quase ao amanhecer desse dia era possível encontrar a beira dos riachos aves e alguns animais mortos pelo frio que fazia, eles mesmo tiveram que dormir na cozinha perto do fogão de lenha devido ao frio muito intenso e jamais visto por eles naquela região, em riachos tiveram geadas e a plantação de bananas e cara deles foi perdida queimada por essa geada, eles sempre nos contavam dessa onda de frio, tenho anotados numa velha caderneta que pertenceu a minha avó.

  12. Daniel F.
    Posted 3 junho 2016 at 1:11 AM | Permalink

    Alguém aqui sabe qual foi a temperatura mais baixa (mínima absoluta) já registrada na cidade de Criciúma, SC?

  13. Dhdjsj
    Posted 17 julho 2016 at 8:05 PM | Permalink

    Parabéns pelo seu artigo!

  14. Posted 7 agosto 2016 at 7:19 AM | Permalink

    PENA QUE NÃO HA DADOS DO PLATO ORIENTAL OU SEJA ESPINHAÇO PRA CIMA POIS HA ZONAS DESTES PLATOS COM MAIS DE UM KM E PORTANTO O FRIO DEVE TER SIDO INTENSO

  15. Posted 1 maio 2017 at 1:58 PM | Permalink

    Nesta onda de frio, florianópolis teve sua máxima mais baixa até hoje, dia 31 de julho ficou em 5,++°C de mínima e 8,++°C de máxima!

    São teve mais de 50/60 cm em 3 dias de neve.

    Uma das mais fortes ondas de frio na serra de SC foi em 1918, poucos registros confiáveis. Há relatos de trechos do rio Pelotas congelado. Em junho de 2013, na parte estreita do rio Pelotas, pouco mais de 10 m, chegou a congelar totalmente e na parte mais larga, +-100 m, congelou de 3/5 m da margem do rio.

  16. ademir
    Posted 28 junho 2017 at 8:10 AM | Permalink

    Sabe informar qual foi a menor temperatura registrada na cidade de Tubarão-SC?


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