O estudo da rotação no Sol é fundamental para a compreensão da razão pela qual este exibe todos os fenómenos de actividade observados na sua superfície. Estas manifestações da actividade solar são o resultado da interacção entre a convecção, a rotação e o campo electromagnético, assumindo particular importância o facto de a rotação não ser uniforme, mas sim diferencial.
Rotação diferencial e actividade
A rotação diferencial provoca a distorção do campo magnético que, conjuntamente com a convecção resultam na actividade solar.
Rotação Diferencial
O material na superfície do Sol roda a diferentes velocidades
Representação 3D da rotação diferencial
As zonas a vermelho possuem uma velocidade de rotação superior ao valor médio da rotação do Sol, enquanto que as zonas a azul possuem uma velocidade inferior.
(Fonte: SOHO/NASA/ESA
A geração de campo magnético deve-se à convecção, que, devido ao movimento que a caracteriza, gera turbulência que por sua vez funciona como fonte de energia para o campo electromagnético. Esta geração e/ou acumulação de campo magnético ocorre predominantemente na base do envelope convectivo – na chamada camada de “overshoot” -, que corresponde à zona de transição que liga a convecção ao interior em equilíbrio radiativo. O campo assim gerado é, eventualmente, suficientemente intenso para se libertar e dar origem às manchas solares e restantes manifestações de actividade no Sol, em resultado da interacção com a rotação.
Rotação diferencial no interior
Este diagrama mostra a taxa de rotação, determinada com base em valores obtidos durante dois meses pelo MDI Medium-l, em função do raio, para três latitudes, 0º, 30º e 60º.
(Fonte: MDI Medium-I)
Rotação, campo magnético e actividade
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SAND-RIO
SOL E MUDANÇAS CLIMATICAS 