A verdadeira ameaça é a “cúpula de água doce” no Ártico

A real e verdadeira  ameaça para o clima do mundo é a “enorme acumulação de água doce fria que se formou no ártico”  ao longo dos últimos 15 anos. Os pesquisadores do Centro de Observação Polar e Modelação da University College London e seus colegas do National Oceanography Centre observaram uma enorme extensão de gelo formado por água doce, proveniente dos rios europeus e asiáticos (bem como pelo aumento do derretimento gelo no verão ao longo das duas últimas décadas), e isso acontece na área de Western North Pole. Mas o que poderia acontecer? Tente imaginar milhões de litros de água que se acumulam durante quinze anos e até mais, e então de repente ele se versa no mar salgado. E ‘o que poderia acontecer em breve, de acordo com os pesquisadores britânicos, que estão agora a estudar o fenômeno através de dados de satélite Envisat e ERS-2. Em suma: verificou-se que a acumulação está em andamento desde 2001. Desde aquele ano, mas talvez ainda mais cedo, isso vai ser determinado a partir de gravações de satélite, os fluxos de água fria, que terminou na área começaram a se acumular, criando uma espécie da “cúpula”, que hoje ultrapassa os 15 centímetros de altura. Estima-se que abaixo dela está pronto mais de 10.000 quilômetros cubos de água (a partir de 2015, cerca de 14% de toda a água do Ártico), uma quantidade abnorme. A razão pela qual esta “água do degelo de verão, agora começa a formar esta acumulação não é clara, mas suspeita-se ser de responsabilidade dos fortes ventos árticos. Segundo os pesquisadores, este incrível lago doce no meio de água salgada seria produzido por um reforço dos ventos árticos que aceleram a Beaufort Gyre , uma grande circulação do oceano, trazendo assim a água para fazer vórtices  e acumular-se. O risco, segundo os cientistas, é que a cúpula podia se mover, e, especialmente,  fluir para o Oceano Atlântico. As consequências seriam devastadoras, a primeira das quais certamente o bloqueio da Corrente do Golfo , que garante na Europa seu clima ameno; se falha  a Corrente do Golfo, haveria graves repercussões para a circulação oceânica global, em um efeito dominó.

 

 

Além disso, por volta de 2020, o sol vai experimentar um novo grande mínimo solar. Isto é evidente a partir de muitos estudos com características diferentes: o ciclo gradual de manchas solares; o padrão cíclico de radionuclídeos cosmogénicos nos arquivos naturais terrestres; os movimentos do Sol para o centro da massa; o acoplamento spin-órbita planetária; a história de conjunções e interações planetário-solar-terrestres – planetários em geral. Durante o grande mínimo solar anterior, como o minimo de Sporer (1440-1460), o Mínimo de Maunder (1687-1703) e o minimo de Dalton (1809-1821), as condições climáticas pioraram em pequenos períodos de idade do gelo.

 

 

Durante os mínimos Sporer, Maunder e Dalton, a taxa de rotação da Terra baixou o principal fluxo da Corrente do Golfo para o sul-leste e os principais fluxos de água ártica  penetraram com força para baixo no Atlântico Norte. A ocorrência de um novo mínimo solar grande, com condições semelhantes é muito provável. Assim é também o caso de considerar os relatórios da atividade solar com a rotação da Terra, a circulação oceânica e do clima do Ártico, como mostrado:

 

 

Nos últimos três grandes mínimos solar, a água fria do Ártico penetrou ao sul, até a metade de Portugal e a Europa viu-se em meio a condições climáticas severas. A partir de 2020 estaremos de volta em um grande mínimo solar, talvez mais forte dos últimos três mínimos mencionados  (Minimo de Eddy), e por analogia, aos mínimos passado, deve-se presumir que esta condição vai levar a uma deterioração significativa no clima, com a expansão do gelo ártico. Mas, se esse enorme  cúpula de água doce entra no Atlântico, seguindo o fortalecimento da rotação da Terra? Certamente  teríamos um  resfriamento muito maior do que tinha no ‘700 com o Maunder. Talvez isso já está acontecendo em parte, porque o Blob no  Atlântico começou a se formar em 2015, quando começou o colapso da atividade solar.

 https://sandcarioca.wordpress.com/2015/11/04/blob-atlantico-abrandamento-da-corrente-do-golfo-risco-pequena-idade-do-gelo/

A história é bastante preocupante, vou mantê-lo atualizado, se teremos alguma coisa nova. E lembramos que o Sol parece ter iniciado a sua fase de minimo de transição entre o ciclo 24 e o próximo ciclo 25 mais cedo do previsto. 

UPDATE:

Olhem para as diferenças .. 1 mês de distancia

SSTA 14/12/2016

SSTA 14/12/2016

 

SSTA 2017/01/14

SSTA 14/1/2017

  1. O canal de Labrador é quase completamente resfriado e as anomalias  térmicas da superfície do mar agora são negativas.
  2. A bolha fria no centro-norte do Atlântico se espalhou para o oeste, chegando ao Canal do Labrador. Está se espalhando em direção ao leste, fechando permanentemente o acesso ao Mar do Norte para as correntes quentes (?)
  3. Toda a fáscia inferior no meio do Atlântico e na parte baixa, entre o equador e 40 ° N, está uniformemente arrefecida.
  4. Contínua e muitas vezes se intensifica o arrefecimento no sudeste da Flórida. Este é um ponto crucial porque aqui nasce  a Corrente do Golfo. O arrefecimento desta área irá ajudar a arrefecer o resto do caminho desta corrente.
  5. O mar Mediterrâneo está rapidamente a arrefecer de forma bastante equilibrada.

À luz destas indicações, volto a ressaltar a concreta possibilidade que na Europa a Primavera pode ser menos quente, como alguns já anunciaram. E  eu diria que, para o próximo verão … muitos vão esquecer os 40 ° C!

Quem falou a priori (em novembro) como o ano  mais quente de todos os tempos (ainda dois meses estavam ao final de 2016 e já eles o tinha descoberto…. antes de Obama sair era urgente decretar a continuação da aquecimento global), estas condições não pressagiam nada de bom e demonstrar, mais uma vez (como em muitos não entendem), que AGW é uma farsa! Existe o aquecimento SIM!!! mas para o 99,9% é por causa natural come sempre aconteceu e sempre acontecerá no nosso pequeno planeta azul, e lembro sempre que estamos ainda saindo da ultima grande glaciação e é natural o planeta escaldar a pouco a pouco nos seculos com altos e baixos NATURAIS e causados em grande parte da nossa estrela. 

SAND-RIO

11 Comments

  1. Posted 14 janeiro 2017 at 1:54 PM | Permalink

    a wikipedia dá mínimo de Maunder 1645 a 1715 e Dalton 1790 e 1830…. os seus números me parecem um pouco curtinhos. Que houve?

  2. Leandro Leite
    Posted 14 janeiro 2017 at 7:57 PM | Permalink

    E quanto ao Brasil no cenário little ice age? Talvez ondas de frio como a de 1975. Curitiba foi fundada durante o mínimo de maunder, será que naquela época nevava quase todo ano na cidade? Lá nevou em 1975 e 2013. E quanto a Cuiabá fundada 26 anos mais tarde ainda sob o efeito do mínimo de maunder? Será que temperaturas inferiores a 5 C também eram frequentes? E temperaturas de 10 C ou menos a tarde eram bem comuns? Isso aconteceu em 1984, e ao que tudo indica 1996, mais recentemente 2009, 2010 e 2013 registraram máximas de 12 C durante o dia.

  3. Duanny D. P. Neves
    Posted 15 janeiro 2017 at 12:24 PM | Permalink

    Amigo,
    Em 2015 comecei a ler seu blog.
    Desde lá venho acompanhando suas observações sobre as manchas solares.
    Belo trabalho.

  4. Leandro Leite
    Posted 16 janeiro 2017 at 12:56 PM | Permalink

    Últimos três parágrafos: Os prejuízos à agricultura ainda estão sendo calculados, mas a Organização Mundial do Comércio (OMC) estima em mais de US$ 5 bilhões, apenas com a mortandade de animais, acidentes com transportes de mercadorias e dizimação de culturas.

    Animais acostumados com o frio intenso morreram congelados em diferentes regiões provando que o atual período – já questionado por alguns cientistas como o início do novo resfriamento global, previsto a partir de 2028 – seria uma das primeiras evidências da mudança contrária à tese do aquecimento global, de que morreríamos torrados, e não congelados.

    Com a dizimação da agricultura no hemisfério norte, estudos da Universidade de Lisboa, em Portugal, simulam uma migração da população para o hemisfério sul, onde terras férteis como as da América do Sul, alimentaria boa parte do planeta em um período de mudanças já vividas, portanto, cíclicas, do clima.

  5. Antonio Gomes
    Posted 17 janeiro 2017 at 10:21 PM | Permalink

    Se a corrente para o mundo tem que mudar, o frio se intensifica, ainda mais com o sol sem manchas. Uma nova era glacial se aproxima. Cabe o homem se adaptar.


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