Já falamos da AMO, flutuação da temperatura multidecadal no Atlântico Norte, e sua transição para uma fase “quente” particularmente intensa que ocorreu ao longo das últimas duas décadas, que provavelmente também foi responsável para o mitigamento das temperaturas na Europa. Mas, agora, a temperatura do Atlântico Norte tem ido diminuindo drasticamente, quase de repente, movendo-se abaixo do nível em uma grande área. Tanto é assim que o valor da AMO nos últimos dois meses tornou-se novamente negativo, pressagiando um novo período de longo prazo, como alguns estudos parecem dizer. Um valor permanentemente negativo da AMO tivemos por um longo período entre os anos sessenta e os anos oitenta, terminando cerca em 1995, quando houve uma nova inversão com uma fase positiva. Não é por acaso que o clima europeu foi esfriando nos anos sessenta e oitenta, e aqueceu nas 2 décadas seguintes. O meteorologista americano Joe Bastardi publicou uma comparação da anomalia térmica de temperaturas no Atlântico Norte em maio, média 1995-2013, e aqueles que são as anomalias térmicas no presente maio de 2015. O colapso térmico deste ano parece mais do que óbvio! (Quadro a partir de dados do NCEP processado por Joe Bastardi).
Assim a espessura média do gelo do Ártico apresenta seu máximo anual, e igual a cerca de dois metros, e mais de todos os anos anteriores.
Estamos nos níveis mais altos de espessura dos últimos nove anos, e o fato é particularmente significativo, como o gelo que provavelmente será capaz de suportar melhor a dissolução da temporada de verão.
Vamos ver o comportamento do gelo polar nos próximos três meses, até o mínimo que normalmente é alcançado em setembro.
Gráfico por psc.apl.uw.edu
One Comment
É mais uma notícia que vem a se juntar com o mínimo solar e sol começando a reduzir as manchas solares, isso com certeza vai piorar ainda mais o frio do Hemisfério Norte.